sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Sintonia por trás das palavras'
As vezes é preciso calar-se para sentir a verdadeira sintonia das palavras,a verdadeira sintonia da verdade, dos sentimentos evocados no fundo do ser, que flutua entre as paredes de um ambiente, já contaminado pelas energias soltadas ali.
A negatividade das palavras toca em mim. Me faz aborrecer, vibrar tristemente pelos sentidos ali expressados. A impotência faz-se presente naquele momento, tornando tudo mais doloroso e lento.
Enganam-me as vozes que teimam em continuar a balela teoria do imaginário, confundem-se em desejos e verdades, só ilusões, há. Ou talvez a vontade da maldade que assola o sentimento humano.
Eu escuto, me calo e reflito. Dói pensar na fraqueza do meu ser, dói saber que sou pouca o bastante para resolver e mudar o contexto das coisas, dos fatos, dos seres. Nem tudo é tempo, nem tudo se resolve, nem tudo volta, nem tudo resume-se em paciência, somente esquece. Cura-se a ferida porém a cicatriz permanece marcada na pele, nas lembranças, no coração.
Fatos, atos, gestos, sentidos... E um turbilhão de palavras que teimam em continuar soltas por aí, destruindo e modificando a vida ou construindo e evoluindo o ser.
Covarde, selvagem... Flutua teimosamente em torno do meu ser. Me confunde, reprime, ousa mexer com meus sentidos. Apenas palavras... E com ela um excesso de códigos, sentidos e conflitos.
Palavras que me tonteiam, confortam, palavras marcadas, esquecidas, inventadas...Palavras e suas verdades, palavras e seus sentimentos, palavras e suas energias... Palavras!
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Saber calar, é saber ouvir, pois no silêncio se revela a verdadeira sabedoria que nutre o nosso ser.
ResponderExcluirParabéns, Raquel Soares.
Belíssimo!