Eu sofro aqui pelo meu povo. Eu sofro pelo meu povo sofrido, calejado e cansado. Eu sofro pela minha impotência, minha fraqueza, minha estupidez. E sofro ainda mais pela minha ignorância, porque eu não sei o motivo de tanta dor, de tanta solidão. Eu não sei porque isso não acaba, não chega a um fim. Me dói saber que eu estou nessa só. Dói saber que minhas lágrimas não serão enxugadas para um "sempre". Dói saber que meu clamor não será ouvido. Dói saber que tudo vai continuar dessa maneira, que a paz só existe nos nossos pensamentos, nos nossos desejos, nas nossas palavras. São tantas palavras, tantos sentimentos embargados dentro de mim, são tantos questionamentos. Eu vou ficar por aqui refletindo, questionando e sentindo essa vida, vivendo essa vida, engolindo essa vida. Mas me fazendo necessária nessa vida.
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